Antonio Carlos Sabino, o nosso Tico, nasceu aos 13 dias de fevereiro do ano de 1973. Filho dos brotenses Waldomiro Sabino e Thereza Diniz Sabino, era o caçula dos 9 filhos do casal. Seus irmãos Sebastião Sabino, Luiz Henrique Sabino, Aparecido Diniz Sabino, Benedito Carlos Sabino, Valdir Sabino, Marta Sabino, Waldenice Sabino e Cristiana Sabino.
Menino de saúde forte e super ativo, estudou na Escola Francisca e na época completou o chamado primeiro grau.
Na infância praticava carate e corria em diversos torneios e Corridas importantes nas cidades da região (Brotas, Jaú, Bauru, Lençóis Paulista, Limeira), como a Corrida da Integração, que acontece todos os anos em Campinas, onde teve um bom desempenho. Em Brotas participava todo ano da Corrida de São Silvestre, realizada sempre no último dia do ano. Diversas são as medalhas que ele acumulou nestas provas.
Em 1988, junto ao amigo Mineiro (José do Nascimento Filho), que já praticava capoeira fora de Brotas, foi até Jaú, buscar o Mestre Enéas, professor de capoeira, para dar aulas aqui. Conseguiu convencer o Mestre a vir a Brotas. Um lindo trabalho social iniciou-se aí. Tico, praticante de caratê despontou talento na capoeira, com outros companheiros. Muitos jovens sem rumo e sem esperança e oportunidade começaram a praticar o esporte, que exige disciplina, concentração e equilíbrio.
Jovens que mais tarde foram levados ao turismo que se iniciou por volta de 1994 com a formação da primeira turma de condutores/guias em atividades de águas brancas e trilhas. Iniciou aí a união entre a elite brotense e as classes menos privilegiadas.
Em paralelo Tico pegou gosto pelo Samba de Gafieira, uma das suas maiores alegrias da vida. Desfilava em todos os blocos da cidade, como passista, como mestre sala. Carnavalesco nato, com dom pra dança. Nos últimos anos deu aula de dança no Clube de Campo de Brotas. A companhia dele para dançar era disputada em todos os eventos da cidade: bailes do clube, do centro comunitário, show na praça entre outros. A Gafieira era a sua marca, mas o forró entre outras danças brasileiras também estavam presentes.
Tico tornou-se um bom guia de trilha e de bóiacross. Mas a sua paixão pelo turismo despontou após ser formado em técnicas verticais, pelo francês erradicado no Brasil, Jean-Claude Razel. Um dos melhores profissionais da área formou-se ali. Tico desceu praticamente todas as cachoeiras e explorou os cânions de Brotas. Ajudou a montar percursos de arvorismo em Brotas, Vinhedo, Campos do Jordão e tantos outros no estado de SP e fora dele. Conheceu a França, os alpes, praticou arvorismo por lá em percursos gigantescos e altos.
Tico ainda disseminou seu conhecimento na área de técnicas verticais, formando inúmeros profissionais em Brotas e em diversos lugares do Brasil: Teresópolis RJ, Araxá MG, Itacaré BA entre outros.
A paixão pelo mundo vertical foi tanta, que começou por puro prazer a praticar escalada em rocha: Analândia, Campos do Jordão, Rio de Janeiro entre outros.
Nos últimos anos, o profissionalismo rendeu frutos e reconhecimento. Além de montar estruturas de arvorismo, paredes de escalada, torres entre outros em shoppings centers e grandes eventos (Super Casas Bahia, Salão do Turismo, Adventure Sports Fair), fez parte da equipe que monta os desafios do Reality Show A Fazenda da TV Record e que presta serviços para o R7.
Nosso “magrelo” (como era chamado pelos amigos) já está deixando muitas saudades. Exemplo de vida, de pessoa ativa, que em tudo que se envolvia, desenvolva com excelência e muita paixão. Vai com Deus amigo Tico. Vá sambar nos céus do Senhor, ele tirou você de nós e não foi à toa!
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